Tuesday, April 5, 2011

Dot.com

Mulher: "Eu quero fechado, e meu marido tambem."
Padre: "Estás de acoro?"
Marido: "Aberto! Os espanhois invadiram em 1880. Agoro queiram voltar, e começa com nossa site." (Dot.com)

Eu acho que essa cena contou muitos diferentes pontos interessantes. Primeiramente, o relacionamento entre essa mulher e seu marido. Ela pensou que o marido queria a mesma coisa que ela queria, então ela votou no lugar de seu esposo. Mas o marido não gostou muito da mulher dele falando em seu lugar, ele queria ter sua própria voz. Eu acho que isso acontece muito em relacionamentos. Uma das pessoas no relacionamento, ou a mulher ou o marido, quer tomar toda a responsabilidade. Eu não acho isso um relacionamento saudável. Todos dois membros do relacionamento têm que ter sua própria voz e suas próprias opiniões, nem o marido nem a mulher pode falar em lugar de seu companheiro. Um outro ponto interessante da cena foi o que o homem disse a respeito do site. Esse homem provavelmente nunca usou um computador na vida dele, mas ele faria qualquer coisa para efeituar os espanhóis de uma forma negativa. Eu acho isso até engraçado, que mesmo que ele não estava vivo quando os espanhóis invadiram ele ainda tem ódio deles. Esse ódio foi passado de geração em geração até que chegou a ele, e ele provavelmente vai passar para seus filhos e netos.

Thursday, March 31, 2011

Edifício Master

"Eu não tive infância, so isso...Meu pai não deixava...Com quatorze anos eu já jui mãe a acabou a infância...Foi o primeiro homem que encostei a mão...Foi assim, foi a primeira vez que eu sai que conheci o pai da minha filha. Não sabia o que era paixão eu tinha quatorze anos mas achei que eu estava apaixonada e ai eu me entreguei, me gravidei. Que odio..."(Edifício Master, entravista pessoal)


Eu achei a entravista com essa mulher muito interessante. Têm muitas mulheres no Brasil que se acham nessa situação, vi muitas elas no tempo que eu passei no Brasil. É de verdade triste que têm tantas delas que se colocam nessas situações tão dificíes de ter que criar filhos equantos elas ainda são practicamente crianças. Não consigo imaginar criando um filho ou uma filha com apenas quatorze anos de idade, mas essa mulher e tantas outras acham que isso faz parte da vida normal. Ao falar a respeito de sua gravidez e o processo de ficar gravida ao sair com um homem pela primeira vez, deu para ver que ela tinha raiva por causa desses acontecimentos. Eu acho que ela tinha raiva dela mesma por ter feita aquela decisão, raiva do pai da filha dela, e raiva de sua própria pai também. A pesar disso, ela ficou muito feliz mais tarde na entravista ao falar sobre e descrever sua filha. Eu achei isso bonito, que ela tem amor por sua filha e quer ajudá-la da melhor forma possível, mesmo que as condições dela não fossem tão boas.

Sunday, March 27, 2011

Crédito Extra para o filme Mutum e Q&A Session

Eu gostei muito do filme "Mutum", e foi especialmente legal ter a diretora do filme lá também. Minha parte predileta do filme foi bem no final do filme. Eu vi muito simbolismo quando o rapaz colocou os óculos do homem nos olhos dele e ele começou a ver o mundo numa forma diferente. Durante a vida inteira dele ele estava vendo as coisas de uma forma praticamente cego. A coisa interessante, e até triste, foi que ele nem sabia que não estava enxergando bem. Mas, com os novos óculos ele consegiu ver o mundo claramente. Foi aqui que achei o simbolismo. Esse rapaz estava começando ver o mundo de uma forma melhor literalmente, mas também figurativamente. Ele estava indo para a cidade para aprender sobre o mundo e para começar a nova vida dele com conhecimento do mundo e a oportunidade de conseguir emprego e aprendimento. Gostei muito de ver isso acontecendo.

Thursday, March 24, 2011

"Central do Brasil"

“Para que você precisa desta camisa? Vai se casar? Não, eu a quero para quando eu conhecer meu pai." (Central do Brasil)

Eu acho que essa citação mostra muito bem os lados dos dois caraters no filme. Primieramente, mostra como a Dora está agindo como uma mãe para Josué. Ela trata-o como se ele fosse o filho dela, mas é um pouquinho sarcástico as vezes também. Essa citação também mostra a animação que o Josué tem em conhecer o pai dele. Realmente foi uma coisa importante para ele, e ele queria que o primeiro encontro com o pai dele fosse especial. Foi por causa disso que ele queria vestir-se de uma maneira recatado para que a primiera impressão do pai para o filha pudesse se boa. Eu gostei dessa cena também porque eu acho que ela foi uma cena que mostra o início de Josué gostando da Dora e vise versa. No início de sua jornada, os dois não se gostaram muito. Mas, ao passar o tempo e ao ter mais experiência juntos eles começaram a criar um relacionamento muito forte. É isso que eu aprendi mais do que qualquer outra coisa da cena escohlhida, e do filme inteiro. É por meio de difficuldades e adversidade que chegamos mais pertos aos pessoas ao nosso redor. Se não temos nenhuma difficuldade com nossos entes queridos, como é que podemos conhecê-los de verdade? Não vamos conhecer a pessoa que ela realmente é se nunca vemos o lado dela quando enfrenta experiências dificies. Ao passar pelas coisas que Josué e Dora passaram juntos, eles puderam conhecer um ao outro de uma forma que nunca pensaram que conheceriam antes.

Friday, March 18, 2011

O Pagador de Promessas (2)

"O Padre desce os degraus da igreja, em direção do corpo de Zé-do-burro.
Rosa: (Com rancor.) Não chegue perto!
Padre: Queria encomendar a alma dele...
Rosa: Ecomendar a quem? Ao Demônio?" ("O Pagador de Promessas", Dias Gomes, pag. 171)

Eu acho que é somente nessa parte final da peça que vemos esse lado de Rosa. Durante a peça inteira basicamente a unica coisa que ouvimos da boca de Rosa são as reclamações dela. Talvez seja até triste que exigiu que o marido dela morresse para ela defendê-lo. Ela com certeza nesse momento não gostou do que o Padre falou. Eu acredito que podemos apredender disso. Precisamos confiar e apoir nossa esposa ou esposo em todas as coisas em nossas vidas. Pode ser que até não concordamos com as coisas que acreditam, mas isso não significa que podemos deixar de apoir. Rosa, na peça inteira, não apoiou seu marido Zé-do-Burro, até o finalzinho. Se a peça continuasse para contar a vida de Rosa, provavalmente seria uma de tristeza e arrependimento por não ter amado e apoiado seu marido. Eu, pelo menos (quando me-casar) vou fazer meu melhor a viver de uma maneira que não precisarei arrenpender-me se minha esposa morrer de repente.

Saturday, March 12, 2011

O Pagador de Promessas (1)

“Bonitao: Ah, você também veio pagar promessa...

Rosa: Eu não, ele. E por causa dele estou dormindo aqui, no batente de uma igreja, como qualquer mendiga.“ (O Pagador de Promessas, Dias Gomes, Primeiro Ato, Primeiro Quadro 37)

Eu acho que essa frase de Rosa mostra muito bem a sua atitude durante essa peça. É muito claro para nós vermos que ela não queria estar nessa viajem que seu esposo a levou. Não foi o desejo dela dormir na escada de uma igreja, ela muito mais queria estar fazendo uma outra coisa. Mas acho que também podemos ver que ela pelo menos tem respeito para seu marido ainda. Ela não grita ou fica muito revoltado contra o marido dela, mas ainda podemos sentir que ela não está muito feliz com essa aventura que está enfrentando. Eu acredito que isso mostra muito bem como pode ser as vezes em casamento. Nem sempre estaremos felizes com nossa esposa ou esposo, e nem sempre vamos gostar das coisas que ele ou ela está fazendo. Mas isso não quer dizer que devemos gritar ou ficar muito bravos com ela ou ele. Ainda precisamos apoiar ele ou ela nos desejos dele ou dela, mesmo se pareça ser estranho ao nosso ver.

Friday, March 4, 2011

"Mãos dadas"

"Não serei o cantor de uma mulher, de uma história,
não direi os suspiros ao anoitecer, a paisagem vista a janela,
não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida,
não fugirei para as ilhas nem serei raptado por serafins.
O tempo é minha matéria, o tempo presente, os homens presentes,
a vida presente." ("Mãos dadas" Carlos Drummond de Andrade)

Eu gostei muito desse poema, deu um ponto de vista um pouco diferente do que outros poemas. A maioria dos poetas focalizam seus poemas nas coisas que Drummond de Andrade disse que não tratarias no poesia dele. Ele não queria ser mais um poeta que escreve sobre a mesma matéria vez apos vez. Talvez minha linha preferida seja a ultima quando ele escreveu, “O tempo é minha matéria, o tempo presente." Por que não escrever sobre o tempo presente em que nós vivemos? Que assunto melhor existe? Eu diria que nenhum. O tempo e as vidas que vivemos agora são as coisas mais importantes. Se não nos importamos nessas coisas agora, nossos futúros serão bem tristes. Eu acredito que Carlos Drummond de Andrade estava querendo dizer isso, que precisamos dar a maior importância para os acontecimentos do dia dia, e o resto das coisas vão cuidar-se delas mesmas.

Monday, February 28, 2011

Extra Credit for Adriana Lisboa 2

Palestra com Adriana Lisboa 2/18/2010

O segundo discurso que comparecei de Adriana Lisboa foi bem diferente do que o primeiro. Esse segundo foi feito em inglês (para falar a verdade gostei mais de ouvi-la discursando em português, mas foi bom para os que somente falavam inglês ouvi-la tambem). A parte que eu mais gostei foi quando ela leu para nós de seus livros. É tambem interessante saber que ela fez uma pesquisa no japón para um dos livros dela que fala a respeito disso. Da para ver que ela interessa-se muito em dar um livro bem real para nós como leitores. Ao ouvi-la lendo do próprio livro dela, deu para ver o amor que ela tem para a obra de escrever. Ela obviamente leu em inglês, que foi uma tradução do livro dela. Ela disse que não gosta de traduzir os próprios livros dela de português para o inglês, porque ela acha que esse trabalho da tradução deve ser feito por alguém que fale inglês nativamente. Foi um prazer escutar os discurso de Adriana Lisboa, quero ler mais as obras dela depois de conhecê-la.

Extra Credit for Adriana Lisboa 1

Palestra com Adriana Lisboa 2/17/2010

Gostei muito dessa palestra que Adriana Lisboa fez. O discurso dela foi muito bom, mas gostei especialmente das respostas ás perguntas que fizemos depois do discurso dela. Deu para ver que ela é uma pessoa que gosta muito de ler e escrever. Ela falou que a coisa mais difícil para ela de ser autor é planejar bem o tempo dela. Muitas vezes ela tem prazos que tem que cumprir, e ela procrastina a fazer o trabalho dela até o fim do prazo. Eu tambem tenho essa dificuldade, especialmente com obras escritas, então foi bom ouvir que uma pessoa bem sucedida tem esse mesmo problema. Tambem foi um prazer almoçar com ela depois do discurso. Ela é uma pessoa humilde e é bem fácil conversar com ela.

Friday, February 25, 2011

"Autopsicografia"

"O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a finger que é dor
A dor que deveras sente." (Autopsicografia Fernando Pessoa)

     Eu achei essa parte do poema muito interessante. Nunca pensei de um poeta como um fingidor, mas ao pensar mais a respeito eu comecei a ver que pode ser a verdade. Ao fingir, pode desenvolver emoções que atualmente não tem. Uma pessoa pode tornar-se diferente em muitas maneiras diferentes. Por exemplo, um poeta pode escrever sobre o amor, e nem tem alguém na vida dela para amar. Como é que um poeta pode escrever um poema sobre o amor que está tendo sem ter uma esposa ou pelo menos uma namorada? Bom, eu acho que isso é um direito que poetas têm, o de poder ser uma pessoa sem realmente ser aquela pessoa. Acho que todas as pessoas pensam em ser uma pessoa diferente ou levar uma outra vida, mas é geralmente só os autores, escritores, e poetas que podem levar mais que uma vida. Um poeta pode ser um jogador de basquete, o Presidente dos Estados Unidos, um cantor e uma flor no mesmo dia. Como leitores, devemos reconhecer esse fato ao ler poesia. Devemos colocar-nos na poesia e ser a pessoa que o autor está descrevendo, e assim podemos ser que nem o poeta, levando varias vidas diferentes.

Thursday, February 17, 2011

"Poesia"

"Poesia
grão amargo
entre meus dentes." (Poesia Neide Archanjo)

Para muitos, esse poema não pareceria um poema de verdade. Pode parecer que não tem muito propósito o contéudo por causa do tamanho dele. Mas, para mim, esse poema tem muito significado. Gostei das palavras que o poeta decidiu usar, são poucas mas dão para a gente mastigar (no pun intended) muito o significado delas. Eu acho esse poema interesante justamente por causa disso. Quando lemos um poema, a gente não vai dar valor para aquilo (a maioria do tempo) até que paramos para pensar e "mastigar" o contéudo daquele poema. Esse processo de apreciar o contéudo do poema pode, às vezes, levar bastante tempo e nem sempre é extremamente agradável. Eu acredito que o poeta desse poema, ao descrever o "grão amargo" entre os dentes dele, estava descrevendo esse processo de analizar e tentar a compreender um poema. É muito irónico que temos que usar esse processo para dar valor a esse poema, mas eu acho que isso foi o propósito do autor.

Thursday, February 10, 2011

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades

"Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades"...

..."E, afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto,
Que não se muda já como soia." (Luís Vaz de Camões, Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades)

     Esse poema é um daqueles poemas que faz a gente pensar de nossas vidas. Para mim, pelo menos, fez-me pensar bastante de mudança. Qual é a importância de mudança, e como é que nós podemos mudar? Como podemos saber se as mudanças que estamos tendo são para nosso bem ou estão nos-machucando. Eu acredito que todos nós temos uma idéia em nossas mentes da pessoa que gostaríamos de ser quando ficarmos mais velhas. Eu quero ser uma pessoa honesta, que ajuda as outras pessoas ao meu redor. Eu quero continuar mudando para o melhor até o final de minha vida. Quando chegar ao final da vida, eu quero poder olhar para atrás e ver as mudanças que fiz e vê-las como a maneira que terei chegado ao ponto que estarei. Isso é a vida, a meu ver. A vida consiste de mudanças que fazemos diariamente. Se fizermos mudanças positivas todos os dias, seremos pessoas excelentes. Se, por o caso, fizermos mudanças negativas até a morte, com certeza iremos arrepender-nos por não ter sido pessoas melhores ou não ter dado nosso melhor. O autor mencionou essa verdade de mudar-nos todo dia quando ele escreveu, “E, afora este mudar-se cada dia...“ Tenho certeza da importância de esforçar-nos para sermos pessoas boas por meio das mudanças (grandes e pequenas) que fazemos todos os dias.

Friday, February 4, 2011

Medo da Eternidade

     "Assustei-me, não saberia dizer por quê. Comecei a mastigar e em breve tinha na boca aquele puxa-puxa cinzento de borracha que não tinha gosto de nada. Mastigava, mastigava. Mas me sentia contrafeita. Na verdade eu não estava gostando do gosto. E a vantagem de ser bala eterna me enchia de uma espécie de medo, como se tem diante da idéia de eternidade ou de infinito." (Clarice Lispector, Medo da Eternidade, 223-224)

     Gostei muito de ouvir a história dessa pessoa e o chiclete dela. Nunca pensei no passado que leria uma crônica assim sobre o medo que uma pessoa tivesse ao mastigar chiclete, mas esse autor conseguiu muito bem contar uma história que valeu a pena para nós lermos. Ao meu ver, eu acho que o leitor tem um propósito maior do que somente contar essa história sobre uma pessoa e o medo que ela tem de ser obrigada de mastigar o chiclete dela para o resto da vida. Nós, como seres humanos, muitas vezes não gostamos de comprometer-nos. É difícil para muitos de nós comprometer a comprar um carro novo, porque sabemos que vamos ter que ter aquele carro por um tempo longo. Quantas pessoas têm dificuldade em saber se deveria caser-se com alguém ou não? Se não tivesse que comprometer-se àquela pessoa pelo resto da vida, eu acho que nã haveria tanto indecisão (mas talvez isso seja o problema de tantos divorcos hoje em dia). Não foi soletrado para nós, mas eu entendi que precisamos comprometer-nos a certas coisas importantes na vida para termos mais alegria.

Thursday, January 27, 2011

Credito Extra Para o filme "Fados"

Conto (não conto)

     “Aqui, um território vazio, espaços, um pouco mais que nada. Ou muito, não se sabe. Mas não há ninguém, é certo. Uma cobra, talvez, insinuando-se pelas pedras e pela pouca vegetação. Mas o que é uma cobra quando não há nenhum homem por perto? Ela pode apenas cravar seus dentes numa folha, de onde escorre, um líquido leitoso. Do alto desta folha, um inseto alça vôo, solta zumbidos, talvez de medo da cobra. Mas o que são os zumbidos se não há ninguém para escutá-los? São nada. Ou tudo. Talvez não possa separá-los do silêncio ao seu redor. E o que é tambem o silêncio se não existem ouvidos?" (Sérgio Sant’Anna, Conto (não conto), 518)

     O primeiro parágrafo desse conto, em minha opinião, é muito filosófico. Esse parágrafo (e na verdade o conto inteiro) faz a gente pensar muito. Faz a gente pensar de nossa importância no universo, e se o mundo seria diferente se nós não existíssemos. O autor apresenta a pergunta: “o que é uma cobra quando não há nenhum homem por perto?" E ele continua, “Ela pode apenas cravar seus dentes numa folha, de onde escorre um líquido leitoso." Essa pergunta relembrou-me dessa pergunta clássica, 'Su uma árvore cai no deserto mas ninguém estava lá para escutá-la, a árvore ainda fez um barulho ou não?’ Voltando à pergunta original, será que o propósito de uma cobra é diminuído sem um homem por perto? Não é bem explicado a resposta dessa pergunta, o autor deixa o leitor criar sua própria resposta. É por cause disso que eu escolhi esse parágrafo para discutir. Eu considero esse tipo de escrito, quer dizer aquele tipo que da a oportunidade para você pintar o quadro na sua mente, um escrito que vale a pena ler. Eu pintei esse quadro ao ler esse conto, e criei uma resposta minha para a pergunta feita, mas não é meu propósito compartilhá-la contigo hoje. Deixarei que você crie seu próprio quadro em sua mente.

Thursday, January 20, 2011

O Enfermeiro

     "Quando percebi que o doente expirava, recuei aterrado e dei um grito; mas ninguém me ouviu. Voltei à cama, agitei-o para chamá–lo à vida, era tarde; arrebentara o aneurisma, e o coronel morreu. Passei à sala contígua, e durante duas horas não ousei voltar ao quarto. Não posso mesmo dizer tudo o que passei, durante esse tempo. Era um atordoamento, um delírio vago e estúpido. Parecia-me que as paredes tinham vultos; escutava umas vozes surdas. Os gritos da vítima, antes da luta e durante a luta, continuavam a repercutir dentro de mim, e o ar, para onde quer que me voltasse, aparecia recortado de convulsões. Não creia que esteja fazendo imagens nem estilo; digo-lhe que eu ouvia distintamente umas vozes que me bradavam: assassino! assassino!" (Machado de Assis, O Enfermeiro, 3)

     Até hoje na minha vida, eu nunca li um parágrafo que mostra mais medo que esse. É claro para o leitor ver que um medo intenso entrou na coração do Procópio quando ele ficou sabendo que ele tinha matado o velho. Todos nós já tivemos uma experiência comparável a essa. Talvez você esteja se perguntando agora o seguinte, “Bom, eu nunca matei ninguém, com certeza nunca tive uma experiência assim." Más, deixe-me explicar meu ponto de vista. Todos nós cometemos erros, não é? Ninguém nesse mundo é perfeito, isso é um fato. Então, lembra aquele medo que teve quando você era criança e pegou o biscoito que sua mãe mandou que não pegasse? Ou talvez quando a polícia te multou no ato de andar de carro mais rápido do que a lei permitiu? Esse medo de saber que fez algo errado e temer as consequências de sua ação é algo que todos os seres humanos têm que enfrentar, geralmente todos os dias. É por isso que eu escolhi esse parágrafo para discutir essa semana. Nós sentimos pesar pelo Procópio, e até queríamos ajudá-lo em sua situação, más obviamente não podemos.
   

Wednesday, January 12, 2011

O Ex-Mágico da Taberna Minhota

       "Uma frase que escutara por acaso, na rua, trouxe-me nova esperança de romper em definitivo com a vida. Ouvira de um homem triste que ser funcionário público era suicidar-se aos poucos.
       Não me encontrava em condições de determinar qual a forma de suicídio melhor me convinha: se lenta ou rápida. Por isso empreguei-me numa Secretaria de Estado." (Murilo Rubião, O Ex-Mágico da Taberna Minhota, 56)


        Esse parágrafo mostra uma vida que chegou a ser triste. É difícil para muito de nós imaginarmos como seria viver uma vida procurando um meio para nos suicidarmos. Más como foi que esse homem chegou ao esse ponto de procurar qualquer meio que tirasse a própria vida dele? Esse homem disse que não se encontrava numa circunstância de decidir como seria a morte dele, só que precisava achá-la. Talvez mais triste que isso seja o meio de como ele achou a opção de suicidar-se. Ele ouviu um homem dizer que “ser funcionário público era suicidar-se aos poucos.“É óbvio para nós que esse cara não estava falando literalmente, ele não achou que literalmente morreria ao trabalhar como funcionário público. Más talvez ele sentiu assim. Essa frase simples e pequena mostrou que muitas vezes nosso trabalho parece ser uma forma de morrer. Queríamos, de vez em quando (ou talvez para alguns todos os dias) morrer em vez de ir para o trabalho. Para mim, isso não é certo. Precisamos ser felizes nas coisas que fazemos todos os dias Esse homem não sabia que a atitude negativa dele teria um efeito na vida de uma outra pessoa, más mudou a vida do ex-mágico profundamente. Ao ouvir essa frase, ele empregou-se como funcionário público com a esperança que tiraria sua vida. Uma outra lição que podemos aprender é que nossas atitudes, sejam elas boas ou maus, têm um efeito nas vidas das pessoas ao nosso redor. A procura de felicidade e satisfação na vida deve ser uma prioridade, ou podemos chegar ao ponto do funcionário público, ou pior ainda, do ex-mágico.